Baixo Nº de Fisioterapeuta
Associação alerta sobre baixo número de fisioterapeutas em UTIs no AM
Cerca de 1.600 fisioterapeutas estão em atividade no Estado, segundo Assif. Para plantões de 18h em UTIs, ideal seria contratar 80 profissionais.
Camila HenriquesDo G1 AM
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A Associação Amazonense de Fisioterapia (Assafi) pede a contratação de mais profissionais para as Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) do Estado. De acordo com o vice-presidente da Assafi, Rossine Fernandes, o número ideal de fisioterapeutas para suprir as demandas dentro da capital, por exemplo, é de pelo menos 200 profissionais em um plantão de 18 horas, a partir de resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, cerca de 120 pessoas trabalham nas UTIs, o que sinalizaria a necessidade da contratação de 80 fisioterapeutas, destacou Fernandes.
Ainda segundo o vice-presidente da Associação, existem aproximadamente cinco mil profissionais no Estado – desse número, apenas cerca de 1.600 estão em atividade. Apesar do contraste entre o número de fisioterapeutas habilitados e atuando no Amazonas, Fernandes ressalta que não existe deficiência no que diz respeito à qualificação desses profissionais. “Hoje em dia, quase todos são especialistas em UTI. Além disso, é pré-requisito ter especialização em pneumofuncional e cardiologia. O grande problema é a falta de vagasofertadas pelo Estado e pelo município. No último concurso da Prefeitura, foi aberta apenas uma vaga. Isso deixa uma lacuna no mercado”, aponta.
Número de fisioterapeutas em UTIs é insuficiente,
diz Assafi
De acordo com Fernandes, o ideal seria a terceirização do serviço ou de um processo seletivo para suprir de imediato as necessidades do Amazonas. “Em longo prazo, podemos falar de concurso, com vagas adequadas. Porém o município e o Estado alegam não terem capital para manter esses profissionais. Mas vamos brigar pelo aumento do número de fisioterapeutas”, garantiu. “Queremos mudar o conceito de que só trabalhamos com a reabilitação. Hoje, temos total autonomia para fazer a prevenção, avaliação prévia e acompanhamento de pacientes”, acrescentou.
Dentro das UTIs, as áreas mais carentes, segundo a Associação, são o neonatal e a pediatria. Ao G1, Fernandes informou que em torno de 15 profissionais estão habilitados para trabalhar com crianças no Estado.
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Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) afirmou estar em processo de adequação à resolução da Anvisa. A pasta informou ainda que está prevista a realização de um concurso público para este ano. Enquanto aguarda a autorização para o exame, a secretaria prepara licitação para contratar um serviço terceirizado.
Audiência Pública
Nesta sexta-feira (26), será realizada uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM) para discutir a situação dos fisioterapeutas nas UTIs e o cumprimento da resolução da Anvisa, em vigor desde 2010. Apoiada pela Assif, a proposta será apresentada pelo deputado Luiz Castro (PPS).