Novo teste de HIV disponível no SUS e em farmácias

27/02/2014 09:28
O SUS começa a oferecer, a partir de março, um teste rápido de diagnóstico do vírus HIV por meio de fluidos orais (retirados da gengiva e da mucosa da bochecha). A nova tecnologia é um autoexame, semelhante a um teste rápido de gravidez, e funciona como uma forma de triagem, precisando de confirmação posterior. O teste, oferecido na rede pública, depende de um furo no dedo, da presença de um profissional de saúde e de estrutura laboratorial.
Inicialmente, apenas as ONGs parceiras do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde realizarão o teste, e as populações que apresentam maior vulnerabilidade ao HIV terão prioridade, informou o jornal O Globo (19/12). Nesse grupo estão: homens que fazem sexo com homens, gays, profissionais do sexo, travestis, transexuais, pessoas que usam drogas, pessoas em presídios e moradores de rua.
No segundo semestre, o teste estará disponível para a maior parte da população nos serviços do SUS que atendem a populações vulneráveis, nas farmácias da rede pública e também em farmácias da rede privada. “O diagnóstico estará disponível para todas as pessoas que quiserem realizá-lo, inclusive como autoexame. A grande vantagem é a segurança e a confiabilidade, além de não necessitar de infraestrutura laboratorial”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. 
A bula dos testes vendidos em farmácias será detalhada para que não haja dúvidas na hora do uso e conterá orientação para que o usuário procure o serviço de saúde, em caso positivo para o vírus. “As pessoas que, eventualmente, não se sintam à vontade para ir a um centro de saúde ou laboratório poderão fazer o teste com privacidade, em sua casa, no horário e da forma que quiserem”, ressaltou o ministro.
O kit para o exame é produzido pelo laboratório Bio-Manguinhos, da Fiocruz. Para a realização do teste, a pessoa deve ficar 30 minutos sem comer, beber, fumar e escovar os dentes, além de ter que retirar a maquiagem. O fluido a ser examinado deve ser extraído da gengiva e do começo da mucosa da bochecha com o auxílio de uma haste coletora. Depois de 30 minutos, se uma linha vermelha aparecer, significa que não é reagente. Caso apareçam duas linhas vermelhas, é sinal de que há anticorpos HIV naquela amostra, sendo assim, o resultado é positivo.